Invasão queima área preservada há duas semanas
erreno em área preservada no Jardim Primavera está sendo devastado; Prefeitura alega que já tomou todas as providências
Os invasores de um terreno particular na Estrada do Elenco, no Jardim Primavera, em Guarulhos, estão queimando mato e árvores nativas há 17 dias, sem qualquer restrição.
O local é área de proteção ambiental, segundo uma fonte da Prefeitura, e foi invadido por 250 pessoas no dia 20 de julho.
No dia 21, os invasores começaram a tocar fogo no terreno para demarcar “lotes” e construir casas.
O DG esteve na área na época e registrou um foco de incêndio, em pleno dia, que foi contido pelo Corpo de Bombeiros.
Dezessete dias depois, nesta quarta-feira (6), o DG voltou à Estrada do Elenco e constatou que as queimadas continuam.
Por volta do meio-dia, rolos de fumaça saíam de diferentes pontos do terreno. Os incêndios provavelmente passaram a ser feitos durante a noite.
Nenhuma autoridade policial, da Defesa Civil ou da Secretaria do Meio Ambiente estava no local.
O terreno apresenta hoje pouca vegetação viva e sinais de desmatamento. Há várias árvores derrubadas e queimadas.
A Prefeitura de Guarulhos informou no final da tarde desta quarta que o local já foi fiscalizado pela Defesa Civil, Secretaria de Meio Ambiente e Guarda Ambiental.
“Todas as medidas cabíveis sobre o assunto estão sendo tomadas para a preservação do local”, informa nota oficial.
Antes da invasão, a área de 68 mil m² apresentava uma vasta vegetação.
Nesta quarta, o cenário era de devastação. Há vários indícios de queimadas no mesmo local do incêndio de julho.
A alegação dos invasores é que eles não querem mais pagar aluguel.
“Tem muito pai de família que não tem como pagar aluguel e realmente precisa de um lote no terreno”, afirmou um deles.
Este homem admitiu que algumas pessoas “se aproveitam” da situação. “Assim como tem gente que precisa, tem gente com dinheiro e vem pegar um lote mesmo assim”.
O grupo desalojou do terreno uma fábrica de blocos de concreto que funcionava no local. A fábrica voltou a funcionar.
Eles continuam levando material de construção ao local para construir casas, aparentemente sem temor de qualquer ação judicial ou legal.
O terreno é particular; O dono não foi localizado pelo DG nos últimos dias.
Ele esteve no local no dia 21 de julho, mas não quis se identificar. Disse apenas que iria à Justiça para pedir a reintegração de posse.
Até agora, a medida não foi confirmada.
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