Dono do Bahamas e empresário da boemia paulistana fala em jornada jurídica da UnG
O empresário Oscar Maroni Filho, 63, fez sucesso na noite de segunda (11), ao falar de sexo, prostituição e infidelidade, durante a 5ª Jornada Jurídica da Universidade Guarulhos .
Maroni é o dono do Bahamas, na Avenida dos Bandeirantes, uma das casas noturnas mais conhecidas da boemia paulistana.
A convite dos alunos do curso de direito, ele deu uma aula de uma hora e meia sobre os “novos crimes contra a dignidade sexual”. O auditório da UnG ficou lotado.
Polêmico e bem-humorado, falou palavrões, contou histórias maliciosas e fez a apologia do direito à prostituição.
“As mulheres que frequentam o Bahamas, são de altíssimo nível, que chegam a ganhar de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês e vão porque gostam”, afirmou.
Provocou risos em várias ocasiões, especialmente quando defendeu o direito de homens casados de “diversificar” a sua vida sexual.
“Você gosta daquele Quarteirão com queijo do Mc Donalds? Bom… experimenta comer isso todo o dia, durante seis meses; não tem amor que resista!”, disse.
E foi em frente: “70% a 80%” dos homens que frequentam o Bahamas, são homens casados e muito bem casados e que, pasmem!, amam as suas esposas”.
Com base em sua experiência de empresário do ramo do prazer e psicólogo (clinicou por seis anos em seu próprio consultório), Maroni é categórico.
Diz que as mulheres traem tanto quanto os homens – “60% das mulheres traem” -, e que o padrão de fidelidade do casamento convencional “é muito bom só na teoria”.
Maroni relatou sua “história de sucesso” no ramo do sexo e suas muitas brigas na Justiça.
Provocou gargalhadas ao contar como criou o Bahamas, que, com o Café Photo, é o mais notório ambiente erótico de São Paulo.
“Quando eu tinha 22 anos, estava na Rua Augusta e conheci uma moça muito bonita, uma prostituta de rua. Ela disse o preço e eu concordei. Fomos para um hotel de sexta categoria”, disse.
E acrescentou: “depois que fizemos o ato, ela foi ao chuveiro e eu comecei a pensar: esse negócio de sexo é bom, é saudável; num ambiente luxuoso e bonito, seria perfeito.A mulher entra com o erotismo, o cliente entra com o cheque e eu entro com o lençol e a garrafa de uísque, aí veio a ideia”.
Oscar maroni foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão em outubro de 2011, por favorecimento e exploração de casa de prostituição.
O Bahamas ficou fechado por seis anos, bem como o hotel que construiu num terreno anexo. Foi durante a gestão do prefeito Gilberto Kassab.
Maroni foi absolvido só em abril de 2013, já sob a gestão de Fernando Haddad.
Também se livrou das multas de R$ 11,1 milhões. O Bahamas foi reaberto em setembro de 2013.
O advogado de Maroni, Leonardo Pantaleão, presente à palestra da UnG, disse que conseguiu provar que “o Bahamas não era uma casa de prostituição”.
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