Petros dá empurrão em juiz no jogo do Corinthians; veja
Era a estréia do Robinho no Campeonato Brasileiro, jogo na Vila Belmiro, tudo armado para uma vitória do Peixe. Não aconteceu, a melhor defesa do campeonato segurou e o Timão ainda conseguiu fazer um gol, com o zagueiro Gil em um escanteio no fim do jogo. Um lance diferente aconteceu no primeiro tempo do clássico, quando o jogador Petros, do Corinthians, empurrou o árbitro Raphael Claus pelas costas propositadamente, depois que o homem de preto ‘atrapalhou’ um passe do meia para Jádson.
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No primeiro momento, a expulsão de Alisson após falta em Elias parecia justa. Mas, após ver o replay, foi possível notar que o joelho do santista, sem querer, através do movimento da corrida, toca o calcanhar do corintiano.
Analisando friamente a regra, Alisson impediu o contra-ataque adversário, portanto deveria receber o cartão amarelo, no caso o segundo, e deixar o Santos com um a menos. Acontece que a regra não é tão clara assim, como dizem, principalmente, os comentários da TV aberta.
Primeiramente, a arbitragem de Raphael Claus foi um horror, mantendo a ideologia do apito brasileiro: travar o jogo se houver qualquer esbarrão, com a justificativa de “ter o controle da partida”, argumento também corroborado pelos analistas da TV aberta. No entanto não se pode jogar tudo em suas costas a culpa pela expulsão, como fazem os santistas, até porque, como eu mesmo disse, só fui capaz de perceber a involuntariedade no lance depois de assistir ao replay. Se Claus interpretou como falta, tinha de assinalar e dar o cartão vermelho. No caso específico era oito ou oitenta.
A questão é a objetividade exacerbada na regra. O árbitro precisa analisar vários detalhes que passam desapercebidos: a força de um empurrão, carrinho ou pontapé, se é ou não intencional; a reação de quem sofre, ou não, a falta; as condições do gramado (se está seco ou molhado, o que influencia nos movimentos dos atletas); e, principalmente, a malícia do ser humano. O jogador de futebol, sobretudo no Brasil, onde quase tudo é falta, passa grande parte dos noventa minutos tentando ludibriar a arbitragem e tirar uma casquinha. Por exemplo, a maior referência do futebol brasileiro, Neymar, é conhecido mundialmente por ser cai-cai, e tem dificuldade para corrigir esse defeito. Um choque normal vira falta grave dependendo do nível do ‘teatro’. A regra está ali, escrita, e, claro, com toda sua importância para orientar quem apita, mas é impossível, a partir dela, não atribuir tudo o que vem depois, quando a bola rola, à interpretação do juiz.
Portanto, não se pode considerar que a aplicação da regra seja de maneira tão fria. Se fosse tudo tão simples assim, talvez o futebol nem seria o que é.
A regra é clara. Até a página três.
PS1: Petros ‘fez falta’ em Raphael Claus. O árbitro estava de costas e não percebeu a intenção do atleta, que deve e merece ser punido posteriormente via STJD.
PS2: Antes da partida, “torcedores” brigaram no entorno do estádio. Cena lamentável e comum. Agora a pergunta: alguém será preso?
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