Deputado diz que a presidente terá de mudar “todo o governo”, se quiser preservar a sua biografia
Deputado federal e presidente do PP paulista, o deputado federal Paulo Maluf acredita que, se a presidente Dilma Rousseff se reeleger, “ela vai decretar a sua independência” para poder governar como prefere.
“Ela vai mudar toda a política econômica, todo o governo, todo os ministros”, previu Maluf em entrevista ao DG, nesta quinta (17), em Guarulhos.
“Dilma é prisioneira de um sistema que a elegeu”, acrescentou. E mencionou claramente, entre as forças que a aprisionariam, o PT, o ex- presidente Lula e os ministros que seu antecessor deixou.
“Nos primeiros quatro anos, ela estava dependendo (da atual composição política). Nos próximos quatro anos, ela estará trabalhando a sua biografia”, disse. Maluf aposta que a presidente se libertará da atual composição política, se for reeleita.
Lembrou que ela é petista há pouco tempo. “Ela é brizolista, ela era do PDT”, afirmou.
O PP de Maluf apóia Dilma à reeleição, mas seu candidato para o Governo do Estado é o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB). Em um mês, Maluf trocou o apoio já anunciado ao candidato petista Alexandre Padilha.
Maluf prevê dificuldades para qualquer presidente que venha a ser eleito, a partir de 2015.
Segundo ele, a inflação dos próximos dois anos ficará entre 8% e 12%.
Maluf não vê futuro nos demais candidatos a presidente, especialmente Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Aécio, porque “não tem nada de novo a apresentar”, e Campos, “porque vai acabar se tornando um nanico na disputa”.
“Eleger um novo presidente seria eleger uma nova crise”, avaliou.
“A Dilma tem o PT, que é o maior partido; o PMDB, que é o segundo; tem o terceiro, que é o bloco PP com Pros. O quarto bloco é do PSDB e o quinto é o PSD do Kassab. Então, ela tem o primeiro, o segundo, o terceiro e o quinto”, completou.
O deputado criticou as gestões tucanas em São Paulo nos últimos 20 anos. Lembrou que é engenheiro e previu uma inevitável crise de abastecimento de água em 2015 e 2016. “Quem assumir, em 2015 e em 2016 vai ter de implantar o racionamento”.
Segundo ele, “o governo devia parar de mentir e admitir que já há um racionamento”.
Também afirmou que, se fosse governador, “Guarulhos já teria o metrô”.
Aos 82 anos, ele espera conseguir 10 mil votos só em Guarulhos. Foi recebido pelo secretário de Esportes Wágner Freitas e pelo vereador Luís Matogrosso (PP).
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